Currículo atualizado, dinamismo e segurança são as qualidades mais consideradas pelos entrevistadores
Para quem já está inscrito em escolas de fotografia, o estágio pode ser uma boa oportunidade para ingressar no mercado de trabalho – talvez a principal. Além de proporcionar experiência prática ao estudante, ele é capaz de associar o conteúdo dado em sala de aula com a realidade da profissão. Então, prepare o currículo e comece bem a sua carreira.
Daniella Correa, consultora de recursos humanos da Catho Online, explica que os candidatos devem estar preparados para ter mais chances de contratação: “O currículo deve estar sempre atualizado, com informações objetivas. Também é importante fazer cursos específicos e complementares para a área desejada, ler revistas e jornais, pesquisar portais de fotografia, para estar atualizado com os principais acontecimentos. Conhecimentos gerais são sempre avaliados.”
Além de distribuir currículos nas empresas, é importante se cadastrar em sites específicos e investir na rede de contatos. “As empresas buscam profissionais nos sites de integração, e estar cadastrado pode garantir oportunidades ao estudante”, lembra Eduardo de Oliveira, superintendente de operações do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola).
Emprega São Paulo e o Centro de Solidariedade ao Trabalhador são boas referencias. Já contratei bons profissionais, vindo destas fontes.
Lembre-se de que um bom currículo não abre portas. Coloca seu nome sobre elas.
A maioria das empresas, após a entrevista, solicita do candidato, seu certificado de curso técnico de fotografia, para então ser submetido a um teste de admissão, com testes teóricos e práticos. Outras ainda exigem Mtb de fotografo profissional. Não confunda com Mtb de repórter fotografico, uma especialidade jornalística. Caso você seja aprovado em concurso publico, tenha sempre em mãos estes documentos.
Lei de Estágio
• Tempo. A duração não poderá exceder dois anos.
• Horário. Limite máximo de seis horas diárias e 30 horas semanais. Nos cursos que alternam teoria e prática nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, o limite é de 40 horas semanais.
• Número. Não há restrição em relação ao número de estagiários em uma empresa, independentemente do número de funcionários contratados.
• Férias. O estagiário tem direito a recesso de 30 dias ou período proporcional.
• Exame. Redução de carga horária em períodos de provas na escola de fotografia.
Outras opções que ajudam a pagar os estudos
Para muitas pessoas, se inscrever em um curso de fotografia não é exatamente sinônimo de sucesso. Com o dinheiro contado, às vezes o sonho de ser fotografo profissional tem que ser colocado de lado e o curso logo é interrompido. Para auxiliar aqueles que passam por essa situação, há sites, portais e fóruns de fotografia, que dispõe de anúncios de empresas e fotógrafos profissionais já estabelecidos, que contratam alunos aspirantes ou mesmo ex-alunos já especializados. Para os iniciantes, os ganhos ajudam a pagar o curso e a custear novos equipamentos.
A Escola Focus, por exemplo, oferece desde sua fundação (1975) programa de bolsas de estudos, com descontos de 50 e 100%, sem comprovação de renda, sem processo seletivo, nem fila de espera. Basta o candidato atender os requisitos mínimos necessários. Quanto mais requisitos preencher, maior o desconto. Outras instituições como o SENAC também oferece este tipo de serviço.
Abrindo seu próprio negocio
Boa parcela dos formandos em fotografia, após terem cumprido estágios, optam por abrir seu próprio negócio. Não é uma tarefa fácil, exige espírito empreendedor, conhecimento de mercado e principalmente de capital inicial. Esteja preparado para se custear durante o período de adaptação até conseguir compor sua carteira de clientes. Outra saída são os projetos do fotógrafo microempreendedor, promovido pelo governo federal. Empresas de pequeno porte também contam com o apoio do BNDS taxas de juros bem atrativas.
Apoio do governo federal, para o fotógrafo microemprendedor
O governo federal encerrou o primeiro trimestre com algumas medidas para combater a escassez de crédito, principalmente para micro e pequenas empresas. A torneira andava seca por conta da crise financeira norte-americana iniciada em outubro do ano passado e exportada para o resto do mundo.
Com governo e sociedade civil mais confiantes, é hora de retomar o crescimento das atividades econômicas. Uma das características do Governo Lula, em seus dois mandatos, tem sido o incentivo à formação de uma ampla malha de pequenos empreendedores nos mais diversos segmentos da economia. Não por acaso. As micro e pequenas empresas representam 94% do total de firmas no País; e 45% delas escolheram o comércio para suas atividades.
É fato que o mercado fotográfico desenvolveu-se no País apoiado por linhas de financiamento das âncoras da indústria. Na maioria das vezes para comprar estúdio fotográfico ou mesmo novos equipamentos. Sem a figura do fabricante como intermediário da operação entre banco e fotografo estabelecido, o crédito era dificílimo de ser concedido. Hoje esse quadro é mais arejado por força do desenvolvimento da economia, do amadurecimento do mercado e também do aprimoramento da própria indústria fotográfica.
Vale lembrar que bancos oficiais ou fomentos e ainda os privados não oferecem linhas de financiamento específicas para o ramo fotográfico. Se for fotógrafo, por exemplo, vai ter de se enquadrar numa das categorias: micro, pequena ou média empresa; se fotógrafo, na classificação ME; se sem CNPJ, na de microempreendedor informal.
Capacitação – O crédito resolve o destino de uma empresa em parte. A outra moeda que entra na carteira do sucesso é a capacitação empresarial.
Quanto a isso, micro e pequenos empresários têm à disposição o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE). Fundando em 1972, esta instituição vive uma fase de grande dinamismo e de proximidade a quem se empenha. Pelo portal dá para notar o seu comprometimento com o público-alvo e sua atuação em cada Estado e Distrito Federal (cada um tem seu portal na internet). Na área de comércio e serviços, o SEBRAE desenvolve cerca de 200 projetos e promove vários cursos e consultorias. Com o slogan “quem tem conhecimento vai pra frente”, esses endereços passam a ser uma visita obrigatória para os empresários.
É sabido que o fotografo profissional brasileiro não tem o hábito de se consultar no SEBRAE (talvez por herança da época de ouro do filme). Mas quem se decide acaba por se sair bem nos resultados. É o caso da fotógrafa Cíntia Duarte que se inscreveu para participar do prêmio SEBRAE Mulher e conquistou o segundo lugar com a empresa Cíntia Fotografias, em Lençóis Paulista (SP). O ramo necessita de mais casos como este.
MEI, você é?
O microempreendedor individual (MEI) tem renda bruta anual de até 36 mil reais e pode participar de programa de microcrédito do BNDES ainda que informal.
Para os informais, a Receita Federal dá uma forcinha: reduziu a documentação para facilitar a inscrição no CNPJ, dispensando-os de apresentar Documento Básico de Entrada (DBE) e Protocolo de transmissão de Pessoa Jurídica (FCPJ).
De trabalhador para empresário
Os recursos do fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é que compõem o Proger, o programa do governo federal destinado a gerar emprego e renda. As linhas de crédito são para investimento de longo prazo, podendo ter capital de giro associado, de micro e pequenas empresas, profissionais liberais, autônomos e até informais.
Quem são os MPMEs
Empresas com receita operacional bruta anual inferior ou igual a 60 milhões de reais são consideradas Micro, Pequena e Média Empresas para efeitos de concessão de financiamentos.
Gente que cresce com crédito
Fotógrafo ME
A Af Rorato ME, em Cuiabá, foi constituída em 2006. Na época, Ana Flávia recorreu a um empréstimo em banco privado par as instalações de seu estúdio. Pagou 12 prestações e não se arrependeu. Atualmente a fotógrafa tem uma carta de crédito que será utilizada na compra de um imóvel para sede própria do estúdio. Isso vai implicar em novos investimentos em reformas das instalações que podem ser financiados.
Uma das opções é o cartão BNDES, que permite a aquisição de bens de produção, insumos e serviços credenciados pela instituição. O crédito é rotativo, pré-aprovado até 500mil reais. Ana Flávia até então desconhecia a existência deste cartão. Outra possibilidade é uma linha de capital de giro isolado, o PEC, também do BNDES. Em ambos os casos, o solicitante deve estar em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais. De maneira mais ágil e menos burocrática, é recorrer à rede de bancos privados. No caso dela poderia voltar ao mesmo banco que lhe concedeu o primeiro empréstimo de sua vida empresarial.
Novos investimentos bancados por financiamentos
Foto Sombra
Com mais de 50 anos de mercado, a rede de lojas Foto Sombra, em São Luís, já passou por cenários distintos da economia brasileira. Sérgio sombra, que dirige a rede, concorda que nos últimos tempos tem havido uma oferta maior de crédito. “Pelo menos existe mais propaganda, mas não é tão fácil conseguir um”, referindo-se ao processo da documentação exigida.
Linhas de financiamento BNDES
O BNDES dispõe, além do cartão de crédito, um leque extenso de linhas de financiamento. Acompanhe algumas delas que empresas MPMEs do ramo fotográfico podem se beneficiar.
Projeto de investimentos e capital de giro associado:
BNDES Automático - até dez milhões de reais, a projetos de implantação, expansão e modernização de empreendimentos, em qualquer setor de atuação.
Paesc - apoio empresarial a empresas afetadas pelas enchentes ocorridas em Santa Catarina em novembro de 2008
Bens de capital
Aquisição e modernização de maquinas e equipamentos nacionais
Finame – para aquisição de maquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES, sem limite de valor
Finame Moderniza BK - para modernização de máquinas e equipamentos instalados no País
Prosoft Comercialização – para aquisição, no mercado interno, de softwares e serviços correlatos desenvolvidos no Brasil
Projetos de investimentos em inovação
Apoio a projetos de Inovação, destinados a diversos setores da economia.
Capital de Giro Isolado
PEC- capital de giro para empresas dos setores de indústria, comércio e serviços.
Revitaliza – capital de giro para empresas de qualquer setor em Santa Catarina
Importação de equipamentos fotográficos
Apoio à importação de máquinas e equipamentos, sem similar nacional.
GUIA SEBRAE ESTUDIO
Um guia completo em 38 páginas para quem está interessado em abrir um estúdio de fotografia. Formato PDF
Tópicos:
- Perfil Empreendedor
- Mercado
- Legislação Específica
- Esclarecimentos Tributários
- Passo a Passo para Registro
- Finanças
- Plano de Negócios
E, mãos à obra !
Fonte: Enio Leite
Mestre e fundador da escola de fotografia mais tradicional de São Paulo Focus Foto, acesse o site e confira as novidades dos cursos!
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